‘Sempre alguém vai falar mal’. A frase dita durante uma entrevista nesta segunda-feira (30) resume a visão sobre os limites da relação entre artistas e fãs, especialmente diante da repercussão do caso Ana Castela no São João de Jequié. Ao comentar a polêmica, Pietro Raña, em participação no programa Sociedade Urgente, da Rádio Sociedade da Bahia, lançou luz sobre os bastidores da agenda artística e defendeu o bom senso nas expectativas do público.
A entrevista acendeu uma pergunta que segue ecoando nas redes: o artista é obrigado a atender a todos os fãs? Pietro foi direto: “Sempre alguém vai falar mal. Se ela atende 10, vão querer 20. O trigésimo vai reclamar. Não tem como atender 5 mil pessoas numa cidade. É preciso razoabilidade”.
Com a experiência de quem já acompanhou a cantora em outras ocasiões, Pietro relembrou o show de Ana Castela no São João de Salvador, que contou com atenção à imprensa e simpatia com o público. “Ela atendeu os jornalistas, fez coletiva, foi ao palco. Foi legal”, afirmou.
Ana Castela, que foi a artista mais ouvida do Brasil no Spotify em 2023, se pronunciou nas redes sociais na última sexta-feira (27), rebatendo as críticas do prefeito de Jequié, Zé Cocá. Ela classificou as declarações como mentirosas e afirmou ter ficado assustada com a repercussão.
“Às vezes ele mesmo te prometeu algo e eu não consegui cumprir. O que esse senhor disse não é verdade. Não sou de responder polêmicas, mas quando se refere a uma mentira, não tem outro jeito. Fiquei assustada com essas falas”, disse a artista.
Ela também defendeu o cuidado que teve com o público presente. “Atendemos as crianças com muito carinho, distribuímos copos e carmeds da Boiadeira, tudo com o maior cuidado e boa vontade. É claro que, humanamente, não seria possível atender todo mundo”, declarou.
Durante a entrevista, Pietro também reforçou o papel da equipe de produção e assessoria na mediação entre artista e fãs. “Se tinham 10 pessoas e chegaram 12, beleza. Vamos atender os 12. Mas tudo precisa ser acordado, planejado. O artista está trabalhando, e às vezes a próxima cidade já está no cronômetro”, destacou.