A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) retoma nesta terça-feira (9) o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de mais sete aliados pela suposta trama golpista que visava reverter o resultado das eleições de 2022. O grupo integra o núcleo central da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
O julgamento começou na semana passada, quando foram ouvidos o procurador-geral da República, Paulo Gonet — que defendeu a condenação de todos os réus, e os advogados de defesa do ex-presidente e dos demais acusados.
A partir desta terça, será iniciada a votação que poderá resultar na condenação ou absolvição dos réus. O julgamento continua com sessões nos dias 10 e 11, com conclusão prevista para o dia 12.
Os acusados respondem pela suposta participação na elaboração do plano “Punhal Verde e Amarelo”, que previa o sequestro e homicídio do ministro Alexandre de Moraes, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente, Geraldo Alckmin.
A denúncia da PGR inclui ainda a produção da chamada “minuta do golpe”, documento que teria sido de conhecimento de Bolsonaro e serviria para decretar medidas de estado de defesa e de sítio no país, com o objetivo de anular o resultado das eleições de 2022 e impedir a posse de Lula.
Também consta na denúncia o suposto envolvimento dos acusados nos atos de 8 de janeiro de 2023.
Os réus
- Jair Bolsonaro – ex-presidente da República;
- Alexandre Ramagem – ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);
- Almir Garnier – ex-comandante da Marinha;
- Anderson Torres – ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal;
- Augusto Heleno – ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);
- Paulo Sérgio Nogueira – ex-ministro da Defesa;
- Walter Braga Netto – ex-ministro da Defesa e candidato a vice de Bolsonaro na chapa de 2022;
- Mauro Cid – ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
*Com informações da Agência Brasil