A Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou, por unanimidade, o recurso da defesa de Robinho contra a decisão que autorizou o cumprimento no Brasil da pena de nove anos de prisão por estupro, condenação imposta pela Justiça da Itália em 2017 por um crime ocorrido em 2013, em Milão. O ex-jogador está detido no Complexo Penitenciário de Tremembé, em São Paulo. Os advogados pediam a redução da pena para seis anos em regime semiaberto, mas o pedido foi rejeitado sem debate, segundo o relator Francisco Falcão, o caso já havia sido analisado diversas vezes.
Na semana passada, o Supremo Tribunal Federal (STF) também decidiu manter Robinho preso, por 10 votos a 1. A defesa alegava que a Lei de Imigração, utilizada como base para a transferência da pena ao Brasil, não poderia ser aplicada por ter sido sancionada após o crime. O STF, no entanto, entendeu que a lei não tem caráter penal e, por isso, poderia retroagir. O único voto favorável à liberdade do ex-atleta foi do ministro Gilmar Mendes, que defendeu a execução da pena apenas após o fim dos recursos.