A suspensão, ocorrida hoje, das sanções da Lei Magnitsky aplicadas ao ministro Alexandre de Moraes (STF) e à esposa, Viviane Barci, foi interpretada no Itamaraty como um desfecho de articulações políticas e diplomáticas que vinham sendo conduzidas nos bastidores. Segundo fontes da diplomacia brasileira, o apoio de Moraes ao avanço do PL da dosimetria, somado ao recuo do governo na pressão por regras internacionais para big techs, pesou na avaliação da Casa Branca. A medida encerra cinco meses de atritos entre Brasília e Washington e atende a um pleito defendido pelo Brasil desde o início da crise.
Para o Ministério das Relações Exteriores, a reversão das sanções sinaliza uma tentativa dos EUA de reconstruir o ambiente de confiança bilateral, abalada após o gesto considerado desproporcional pelo governo brasileiro. A expectativa no Itamaraty é que, até janeiro, outras medidas punitivas também sejam derrubadas, incluindo restrições de visto a autoridades e tarifas comerciais ainda em vigor, consolidando a normalização plena das relações entre os dois países.