A tarifa de 50% imposta pelos EUA a partir de 6 de agosto pode afetar fortemente as exportações de café do Brasil, principal fornecedor do grão para o país norte-americano. No entanto, como o café pode ser armazenado por até oito meses sem perder qualidade, o setor aposta em uma estratégia de espera e estoques. Segundo o Cecafé, a safra de 2025 pode ser exportada em 2026, reduzindo a pressão imediata. Além disso, o Brasil responde por um terço do café consumido nos EUA, com 44% da produção mundial de café arábica o tipo preferido dos americanos, o que torna difícil sua substituição.
Embora o governo norte-americano ainda não tenha confirmado, há expectativa de que o café entre na lista de exceções à tarifa. O secretário de Comércio dos EUA falou que o produto pode receber isenção, e o setor segue pressionando por isso. Enquanto isso, as negociações seguem devagar, pois os compradores reconhecem que substituir o café brasileiro é inviável em pequeno prazo. A incerteza está em torno da duração do tarifaço, que aumenta a insegurança para produtores e exportadores.