Na última quarta-feira (5), o desabamento do teto da igreja São Francisco de Assis resultou na morte da jovem de 26 anos, Giulia Panchoni Righetto, turista natural de Ribeirão Preto, interior de São Paulo e deixou outras seis pessoas feridas em Salvador.
Em nota, o Instituto de Patrimônio Histórico Artístico Nacional (Iphan), informou que em maio de 2022 já havia emitido auto de infração à Província Franciscana de Santo Antônio do Brasil – Comunidade da Bahia, alegando deterioração devido falta “manutenção e conservação” do monumento histórico.
A nota diz ainda que uma visita técnica estava agendada para hoje, quinta-feira (6), atendendo o pedido protocolado na segunda-feira (3), solicitando avaliação da dilatação do forro do teto do prédio, e que não havia “indicação de situação de urgência”. também não houve qualquer comunicado por parte de órgãos como Defesa Civil Municipal ou Corpo de Bombeiros.
O Iphan lamentou a morte e os feridos no trágico desabamento e se colocou à disposição da investigação bem como para “adotar medidas necessárias para preservação e restauração do patrimônio histórico e cultural”.
Segue nota na íntegra:
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), autarquia vinculada ao Ministério da Cultura (MinC) informa que havia agendado visita técnica à Igreja de São Francisco de Assis para a próxima quinta-feira (06/02), após pedido protocolizado na tarde da última segunda-feira para avaliação de uma dilatação do forro do teto da Igreja de São Francisco de Assis, em Salvador (BA), sem indicação de situação emergencial. Tampouco houve qualquer comunicado da Defesa Civil Municipal, Corpo de Bombeiros ou outros órgãos a respeito de eventuais riscos.
Além disso, esta autarquia já havia emitido auto de infração em maio de 2022 à Província Franciscana de Santo Antônio do Brasil – Comunidade Franciscana da Bahia, proprietária do bem, em razão da degradação da Igreja por falta de manutenção e conservação. Reforça-se que a Igreja e o Convento de São Francisco são edificações de propriedade privada, cuja responsabilidade pela manutenção e pela preservação são de seu proprietário, assim como a gestão de seu uso.
Ainda assim, o Iphan, enquanto órgão de proteção do patrimônio cultural brasileiro, vem investindo na preservação e na restauração da Igreja, a exemplo das ações de restauro dos painéis de azulejaria portuguesa no valor de R$ 4,1 milhões, concluído em maio de 2023, e a elaboração do projeto de restauração total da Igreja e do Convento, atualmente em andamento, no valor de R$ 1,2 milhão.
O Iphan reitera profundo pesar pelo falecimento da jovem Giulia Panchoni Righetto, assim como pelas outras seis pessoas que se feriram no trágico desabamento.
Finalmente, o Instituto permanece à disposição para colaborar com as investigações e adotar as medidas necessárias para a preservação e restauração do patrimônio histórico e cultural, reafirmando o compromisso com a proteção da memória nacional.