O deputado federal Capitão Alden (PL-BA) defendeu, em entrevista ao Sociedade Urgente nesta segunda-feira (22), a concessão de anistia aos presos pelos atos de 8 de janeiro. Segundo o parlamentar, esse tipo de medida já ocorreu dezenas de vezes na história do país e não representa impunidade, mas um gesto de pacificação nacional.
“Se o Brasil conceder uma nova anistia agora, será a 49ª da nossa história. Não é novidade. O que estão tentando fazer é distorcer”, disse Alden.
O deputado criticou a incoerência dos que hoje se opõem à anistia, mas defenderam o perdão a figuras como José Genoino, ex-integrante da guerrilha do Araguaia. “Esses mesmos que gritam ‘sem anistia’ hoje, lá atrás gritaram ‘anistia sim’ para guerrilheiros envolvidos em sequestros, assassinatos, atentados e assaltos”, afirmou.
Alden também citou nomes como Luís Carlos Prestes, Dilma Rousseff, Gilberto Gil e Caetano Veloso, dizendo que todos foram beneficiados por processos de anistia. “A Dilma foi apontada como participante direta de assaltos a bancos. Gil e Caetano foram exilados. Todos voltaram, foram anistiados e hoje vivem às custas da Lei Rouanet, alguns inclusive foram às ruas ontem gritar contra a anistia dos presos do 8 de janeiro”, criticou.
Para o deputado, os envolvidos nos atos devem, sim, responder pelos excessos, mas as penas impostas até agora são desproporcionais. “Quem pichou uma estátua, quebrou um vidro ou entrou em um prédio público deve ser responsabilizado, mas não condenado a 17 anos como se fosse terrorista”, argumentou.
Alden concluiu dizendo que a anistia, neste caso, não seria um ato de impunidade, mas sim um caminho para reconstruir a unidade do país.