Na manhã desta quarta-feira (21), o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação da Bahia (Secti), André Joazeiro, falou sobre como a ciência está no nosso dia a dia, colocando que não seria algo distante. A afirmação foi feita em entrevista ao Sociedade Urgente, programa da Rádio Sociedade da Bahia, apresentado por Adelson Carvalho.
“A gente acha que ciência é uma coisa distante, muito grande, feito somente de gênios para gênios, não é”, afirmou André. Exemplificando, o secretário falou sobre a ciência feita a partir do conhecimento indígena. “Se você vai numa aldeia indígena, o que tem ali é ciência, pode não estar catalogada, mas esses povos desenvolveram técnica agrícola. Você vai para faculdade aprender agricultura e esses caras sabem muito mais do que a maioria dos agrônomos que você vê lá na ponta”, complementou.
Ainda sobre o saber indígena, Joazeiro falou sobre o processo para reconhecer essa tecnologia produzida, de acordo com o secretário, esse é um pedido do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT). “Estamos fazendo esse trabalho de aproximação com os quilombos e aldeias indígenas, que é um pedido muito claro de Jerônimo. Nós não estamos indo levar conhecimento para essas comunidades, apesar de haver uma toca, estamos indo lá para aprender”.
Como o processo está sendo realizado
André explicou que as universidades são as mediadora para que esta catalogação seja possível. “Recentemente pegamos quase R$ 20 milhões para acervo de conhecimento, tudo indica que cinco ou seis vão ser para mapear as iniciativas da Caatinga. Esse dinheiro vai chegar para as universidades, que criam os projetos adaptados para cada comunidade, recebem o incentivo e realizam o trabalho”, explica.
“O segundo processo é difundir esse assunto, fazer a divulgação científica desse acervo”, finaliza o secretário.