Em pesquisa realizada entre 18 a 31 de março de 2024, com 444 docentes das redes pública e privada, do ensino infantil ao médio, de todas as regiões do país mostram que três em cada quatro professores concordam com o uso da tecnologia e inteligência artificial como ferramenta de ensino. Apesar disso, apenas pouco mais de um terço dos professores entrevistados disseram que sempre utilizam a tecnologia como ferramenta de ensino.
Quando direcionamos os dados para os alunos, vemos que sete a cada dez estudantes universitários ou que têm interesse em cursar uma faculdade utilizam frequentemente ferramentas de inteligência artificial (IA) na rotina de estudos. Uma porcentagem um pouco maior, 80%, conhecem as principais ferramentas, como ChatGPT e Gemini.
A dificuldade enfrentada por diversos alunos foi o catalisador para o desenvolvimento de um projeto que busca facilitar a vida acadêmica de forma acessível. Gustavo barros, de 16 anos, estudante do Colégio Estadual Democrático Professor Rômulo Galvão, localizado em Elísio Medrado – a cerca de 240 km de Salvador utilizou IA para desenvolver o LearnLoop, um site focado em auxiliar os alunos nos estudos para o ENEM.
Gustavo explica que ao se conectar ao LearnLoop, basta cadastrar os dados pessoais solicitados para que o site libere as funcionalidades disponíveis. O estudante terá acesso a um modelo de estudos personalizado, como “retornos individualizados na correção de redações, por exemplo. Após o envio da foto de um trabalho manuscrito, a IA libera todos os ajustes necessários baseados nos critérios de correção das redações do Enem”.
O projeto conta com suporte da Secretaria Estadual de Educação (SEC), orientação do professor Jailson Caldas e o apoio de Jorge Alberto. Não há intenção de transformar em um projeto lucrativo, por isso os usuários não precisam se preocupar com cobranças. O objetivo é atingir o maior número possível de alunos menos favorecidos, em preparação para o ENEM, com baixo custo, de forma simples e prática.