A Anatel anunciou a desativação de 3,9 mil servidores clandestinos, usados na prática de pirataria de conteúdo audiovisual por meio de decodificadores instalados nas casas dos usuários, dispositivos comumente chamados de TV boxes ou “gatonet”. Essa medida faz parte de uma operação iniciada neste ano para combater tais serviços, totalizando 52 ações realizadas.
“As operações do Plano de Combate aos Decodificadores Clandestinos do SeAC tiveram início antes do carnaval, atingindo apenas uma tecnologia (usada para a pirataria), e, atualmente, bloqueamos as três principais tecnologias, compartilhamento de chave de criptografia do sinal do SeAC (Serviço de TV por Assinatura), assinatura pirata e IPTV”, explicou o conselheiro diretor da Anatel Artur Coimbra, coordenador do combate à pirataria no órgão regulador.
Segundo Coimbra, “o objetivo da Anatel é retirar TV boxes não homologadas dos lares brasileiros. Esses dispositivos não têm assistência técnica, não há garantia de segurança de dados, e podem se tornar vetores de ataques digitais à rede do usuário ou às redes das prestadoras de telecomunicações”.
Por meio de engenharia reversa, a Anatel informou que quem assina Gatonet está exposto a ataques hackers. “Para 2024, devemos ampliar as operações de bloqueio, fortalecendo o combate à pirataria de conteúdo audiovisual no Brasil, e ampliar o combate ao comércio e uso de TV boxes clandestinas”, continuou Coimbra.