Durante entrevista ao Sociedade Urgente nesta segunda-feira (22), o deputado federal Capitão Alden (PL-BA) intensificou as críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF), acusando a Corte de perseguir parlamentares da oposição e de criminalizar opiniões políticas expressas nas redes sociais e na tribuna da Câmara.
“Hoje, mais de um terço dos deputados do PL respondem a processos no STF. E não é por homicídio, rachadinha ou corrupção, mas por palavras. Por opiniões. Isso é grave. Estamos sendo criminalizados por exercer o mandato”, disparou.
Alden citou como exemplo o caso do deputado federal Carlos Jordi (PL-RJ), que, segundo ele, teve seu passaporte, telefone, computador e até arma legalmente registrada apreendidos pela Polícia Federal, após receber uma simples mensagem de WhatsApp de um investigado pelos atos de 8 de Janeiro. “Foi uma tentativa de expor um líder da oposição. Ele foi acordado com a esposa e filha recém-nascida, teve sua casa invadida e, até hoje, não há nada que comprove qualquer relação dele com o autor da mensagem”, afirmou.
O deputado baiano também criticou o que chamou de “superpoderes do STF” e questionou a imparcialidade das investigações. “Quando olhamos os números, vemos que os deputados do PL são maioria nos inquéritos. Já partidos como PT, PCdoB e Solidariedade têm um ou dois nomes. É uma perseguição política disfarçada de Justiça”, declarou.
Para Alden, o STF estaria extrapolando suas funções e interferindo diretamente no funcionamento do Congresso. “O plenário da Câmara vota, aprova projetos, segue todos os trâmites regimentais e o STF simplesmente derruba tudo, como se fosse o único poder legítimo do país”, criticou.