Um capitão da Polícia Militar foi preso novamente na manhã deste sábado (27) em Salvador, como parte dos desdobramentos da “Operação Fogo Amigo”, que investiga uma organização criminosa especializada na venda ilegal de armas e munições para facções criminosas em Alagoas, Bahia e Pernambuco.
A prisão, realizada pelo Ministério Público por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco), contou com o apoio das Polícias Federal e Militar.
A Justiça decretou novamente a prisão preventiva do oficial, que havia sido libertado após sua defesa conseguir a revogação dessa medida. No entanto, uma liminar suspendeu essa decisão e restabeleceu sua detenção a pedido do Gaeco.
Ao analisar o recurso, a Justiça concluiu que as circunstâncias que motivaram a prisão preventiva inicial permaneciam inalteradas, justificando a necessidade de mantê-lo detido para garantir a ordem pública. O capitão foi denunciado pelos crimes de organização criminosa armada e comercialização ilegal de armas de fogo, incluindo armas de uso restrito.
As investigações revelaram um esquema de mercado clandestino, no qual o policial e outros membros da quadrilha teriam obtido munições ilegalmente e vendiam armas de fogo “frias” por meio de intermediários, abastecendo facções criminosas na Bahia.
Durante a “Operação Fogo Amigo”, foram apreendidas uma arma de fogo registrada em nome de terceiro, uma grande quantidade de munições de diversos calibres e documentos de transporte de mercadorias.
Registros financeiros mostraram que o policial transferiu R$ 87.330,00 para outro membro da organização criminosa em 35 transações.