Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados nesta quinta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que a taxa de desocupação no trimestre encerrado em julho de 2023 ficou em 7,9%. O resultado é o menor para o período desde 2014, quando o percentual foi de 6,9%.
A redução apontada pelo levantamento é de 0,6 ponto percentual (p.p.) quando comparado ao trimestre encerrado em abril (8,5%) e de 1,2 p.p ante o mesmo período do ano passado (9,1%). “Esse recuo ocorreu principalmente pela expansão do número de pessoas trabalhando”, explica Adriana Beringuy, coordenadora da Pnad.
Após dois trimestre em queda, o número de pessoas ocupadas voltou a crescer, chegando a 99,3 milhões, um crescimento de 1,3 milhão em relação ao período de fevereiro a abril. Na comparação anual, o crescimento foi de 0,7% (mais 669 mil), o menor dos últimos nove trimestres seguidos de alta.
“Após a pandemia, tivemos um período de recuperação da população ocupada onde registramos aumentos intensos disseminados pelas atividades. À medida que esse processo de recuperação se consolida, os acréscimos voltam a ser mais influenciados pelas características econômicas e sazonais de cada atividade. Com isso, na perspectiva anual, o crescimento passa a ser menos intenso”, analisa Beringuy.
De acordo com o levantamento, o número de desocupados no país ficou em 8,5 milhões, uma retração de 6,3% em relação ao trimestre anterior e de 3,8% quando comparado ao mesmo período de 2022.