No último dia 17, a Lagoa do Geladinho, localizada no Parque Radialista Erivaldo Cerqueira em Feira de Santana foi interditada por conta de a água estar contaminada pela bactéria causador da cólera, Vibrio cholerae. O resultado foi confirmado após testes feitos pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Estado (Lacen) diante da denúncia da morte de peixes.
E a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), após a confirmação, divulgou uma série de recomendações e orientou as condutas a serem adotadas em relação a notificação de eventos que tenham correlação com o local contaminado, entre elas, a interdição da Lagoa e a realização de novas coletas de água em novos pontos da Lagoa Geladinho.
Em nota, a Sesab ainda enfatiza que a cólera é uma doença relacionada majoritariamente à higiene e ao saneamento básico. “Apesar de nem sempre, apresenta sintomas claros, a doença pode ser subclínica, caracterizada por um episódio de diarreia não complicada e discreta, ou uma doença fulminante, potencialmente letal. O início dos sintomas é geralmente abrupto, indolor, com diarreia aquosa e vômitos.”
Nesta sexta-feira (24), o Comitê de Enfrentamento e Ações de Combate à Cólera, formado por representantes da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) e da Universidade Estadual de Feira de Santana, se reúne para discutir as próximas medidas a serem tomadas.
A Prefeitura de Feira de Santana destaca que está realizando pela Rede Primária de Saúde, juntamente com a referência técnica desse agravo, que está vinculada à Vigilância Epidemiológica a busca ativa por casos suspeitos de cólera.
A epidemia esquecida de cólera no Brasil
Segundo dados do Ministério da Saúde, a última epidemia dessa doença teve início em 1991 e até 2004, foram registrados 168.646 contaminações e 2.035 mortes. A maioria dos casos foram registrados em estados do Norte e Nordeste.
Foto: Divulgação / SMS