O endividamento das famílias brasileiras recuou pelo segundo mês consecutivo, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Em agosto, 78% das famílias relataram ter dívidas, uma leve queda em relação aos 78,5% de julho, mas ainda acima dos 77,4% de agosto de 2023.
A inadimplência, entretanto, permaneceu estável, com 28,8% das famílias com dívidas em atraso pelo terceiro mês seguido. O percentual de famílias que não conseguirão pagar suas dívidas aumentou para 12,1%, destacando as dificuldades financeiras persistentes, mesmo com a estabilização das contas em atraso. A CNC prevê que o endividamento volte a subir no último trimestre, acompanhado de um aumento na inadimplência, que pode alcançar 29,5% até dezembro.
Segundo a CNC, o resultado reflete uma cautela crescente das famílias em relação ao uso do crédito. Apesar dessa redução do endividamento geral, o número de famílias que se consideram “muito endividadas” aumentou para 16,8%.