Em cartaz na Estação de Metrô Campo da Pólvora até o dia 3 de novembro, a exposição Ubuntu, do premiado fotógrafo André François, traz como novidade dois recursos de acessibilidade para garantir o acesso universal aos visitantes. O espaço conta com uma mesa tátil e plataforma digital com audiodescrição e libras. Realizada pela ONG ImageMagica e o Ministério do Turismo, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, a mostra faz parte de um documentário fotográfico que busca sensibilizar as pessoas sobre a importância da saúde e da qualidade de vida por meio do cuidado e da conexão entre todos. O projeto ainda conta com o patrocínio das empresas AstraZeneca e Pfizer.
No local, os visitantes terão acesso a uma bancada que possui a imagem tátil de um dos retratos expostos em alto relevo e descrição em braille, além de um ambiente digital com recursos de audiodescrição e libras de algumas imagens selecionadas da exposição, que podem ser acessados via QRCode. O menu principal da plataforma possui opções de acesso a 9 faixas informativas sobre a exposição, trajetória de André e o conceito por trás de todo o projeto. Os recursos permitem a experiência da exposição através de demais sentidos além do visual.
“Eu estou muito emocionado de ter essa placa de acessibilidade. Você pode tocar e identificar a foto, e eu não sabia que isso era possível. A mesa tátil não é só para quem não tem visão, é para qualquer um. É para todos aqueles que visitarem a exposição e se interessarem em fechar os olhos e sentirem aquilo que está acontecendo aqui”, comenta André François ao experienciar a imagem tátil pela primeira vez.
O diretor da CCR Metrô Bahia, André Costa, explica que a inclusão é um tema norteador das ações promovidas pela concessionária. “Reforçamos a cada dia, a cada ação desenvolvida, o nosso compromisso com uma sociedade cada vez mais inclusiva. Seguimos construindo esse caminho e apoiando iniciativas como esta mostra, que possibilita a participação de todos”, comenta.
Idealizada pelo fotógrafo e a jornalista Paula Poleto, a exposição conta com retratos que trazem a reflexão sobre as relações humanas em diferentes culturas ao redor do mundo. O que une todo o projeto é a filosofia africana Ubuntu, que traz esse conceito de humanidade, pertencimento e comunidade. Ubuntu significa: “uma pessoa é uma pessoa através de outras pessoas”. Você é quem você é por causa da relação que tem com os outros ao seu redor. Ou simplesmente: eu sou porque nós somos.
A exposição na Estação Campo da Pólvora integra o Bora de Metrô, um programa da CCR Metrô Bahia que apoia a arte e realiza eventos culturais e de entretenimento no Sistema Metroviário de Salvador e Lauro de Freitas.
Sobre o projeto
Ao longo de 13 anos, o fotógrafo registrou inúmeras iniciativas positivas na educação e na saúde em comunidades de 15 países. Temas como acesso à água, o cuidado ao meio ambiente e os direitos humanos também fazem parte do projeto.
Para alcançar tantas histórias, André e Paula visitaram diversos lugares ao redor do mundo, como as comunidades Yanomami, em Roraima, no Brasil, e os Inuits, em Nunavut, no Canadá, passando por Japão, China, Bolívia, Camboja, Estados Unidos e Haiti, até África do Sul, Lesoto, Moçambique, Quênia, Uganda, Ruanda e Burundi.
No evento mais recente da pandemia da COVID-19, André foi mais uma vez a campo para registrar o importante trabalho das equipes de saúde com os pacientes brasileiros. Todos os temas abordados estão interligados e nos mostram a importância dessa conexão humana para seguirmos adiante.
“Essa exposição traz uma seleção de retratos feitos ao longo dessa experiência transformadora de aprendizado que é o Ubuntu. Ao olhar nos olhos das pessoas retratadas podemos, muitas vezes, nos ver refletidos ali, nas dores, nos desafios e na resiliência que nos une como seres humanos. Eu sou porque nós somos”, afirma André.
Serviço:
-Local: Estação de Metrô Campo da Pólvora (Nazaré, Salvador – BA, 40040-280)
-Em cartaz até o dia 3 de novembro
-Todos os dias, das 5h à 0h
-Classificação: Livre
Sobre André François
André François é um fotógrafo brasileiro, empreendedor social, autor de 7 livros e que há mais de 30 anos realiza documentários fotográficos pelo Brasil e pelo mundo. Em 1995, fundou a ImageMagica, ONG que desenvolve projetos de impacto social em todo o país.
Desde 2006, André realiza um amplo registro fotográfico na área da saúde. Nos últimos 13 anos, registrou iniciativas positivas de colaboração nas áreas da educação, saúde e meio ambiente em mais de 15 países ao redor do planeta para seu mais recente trabalho: Ubuntu.
François é reconhecido e premiado por diversas organizações brasileiras e internacionais, como Conexões do Cuidar, reconhecido pelo Prêmio Empreendedor Social, organizado pelo jornal da Folha de São Paulo em conjunto com a Fundação Schwab, Coleção Pirelli-Masp, Fundação Conrado Wessel, Organização das Nações Unidas (ONU), Organização Mundial da Saúde (OMS), Médicos Sem Fronteiras, entre outras.
Foto: Divulgação/ Danielle Feltrin