Apesar da redução no preço da batata e da cebola apontada pela Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) em julho, consumidores e feirantes de Salvador ainda não veem uma melhora significativa no bolso. Em visita à Feira de São Joaquim, um dos maiores centros de abastecimento da capital baiana, vendedores relataram que, embora alguns alimentos tenham ficado mais baratos, outros subiram de preço, mantendo o equilíbrio da balança instável.
A vendedora Crispina explicou que a cebola e o tomate, de fato, estão mais acessíveis, mas outros itens como pimentão, cenoura e chuchu registraram aumento. Ela lamenta a baixa procura e conta que, muitas vezes, precisa reduzir ainda mais os preços para tentar vender. “A gente joga mais fora do que vende”, afirmou, destacando que a dificuldade de vendas não é apenas momentânea, mas reflexo do aperto econômico geral vivido pela população.
Outro feirante, Marivaldo, confirmou a oscilação. “Tem produto que abaixou, como o tomate, que era R$ 8 e hoje está R$ 5, mas outros subiram”, disse. Ele reforça que os vendedores precisam se ajustar aos preços das centrais para não perder clientes, mesmo que isso comprometa a margem de lucro. A instabilidade no mercado, segundo ele, é constante, com produtos variando semanalmente.
De acordo com a CONAB, a batata teve sua segunda queda consecutiva, com redução de 31,61% nos preços, enquanto a cebola caiu 25,57% em relação a junho. A explicação está na maior oferta desses itens nas centrais do país. Ainda assim, para os feirantes locais, o cenário segue desafiador