Uma pesquisa da Fundação Getúlio Vergas (FGV), divulgada nesta terça-feira (14), aponta que a desigualdade de renda na Bahia e no Brasil é ainda maior do que o imaginado. No estado, a renda média da população é de R$ 600.
Para chegar a esta constatação, o levantamento uniu a base de dados do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) à da Pnad Contínua, elaborada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Entre os estados, as rendas mais altas do imposto de renda por habitante no Brasil foram notadas nos estados do Distrito Federal (R$ 3.148), São Paulo (R$ 2.063) e Rio de Janeiro (R$ 1.754).
Ainda conforme o estudo, que analisou a situação em todos os 27 estados e nas respectivas capitais, Salvador possuí uma renda média da população de R$ 1.503, o que a coloca na 17ª colocação entre as capitais.
Entre as capitais, Florianópolis ficou no topo do ranking (R$ 4.215), seguida por Porto Alegre (R$ 3.775) e Vitória (R$ 3.736).
“A desigualdade, quando a gente combina dados do imposto de renda com as pesquisas domiciliares, ela se apresenta bem mais alta, e a mudança dela na pandemia não foi de queda como se acreditava, mas de um pequeno aumento”, explicou o diretor da FGV Social, Marcelo Neri.