O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou, nesta quinta-feira (11), em Salvador, as plenárias estaduais do Plano Plurianual (PPA) Participativo, processo que permite aos cidadãos opinarem sobre as prioridades para investimentos de recursos e políticas públicas para os próximos quatro anos.
“Eu quero que vocês compreendam que nem tudo que vocês fizeram vai ser aprovado, às vezes, nada, porque quem vai aprovar é o Congresso Nacional. Mas o Congresso tem que saber que o orçamento não é só da Simone [Tebet, ministra do Planejamento e Orçamento], não é só do governo, o Congresso vai ter que saber que o orçamento tem o dedo do povo e quando tem o dedo do povo é preciso respeitar as mudanças que o povo quer fazer”, disse o presidente.
Lula enfatizou a importância da participação dos brasileiros na construção do orçamento. “A participação de vocês é fundamental, convencer pessoas que xingam o governo, ‘ah, o governo gasta demais, o governo não fez as contas’, manda ele fazer a proposta. Manda ele parar de gaguejar, parar de falar mal e manda produzir alguma coisa útil, mas ele manda para o PPA o que ele está pensando”, acrescentou Lula.
Para o governador Jerônimo Rodrigues a inclusão do povo na elaboração de políticas públicas significa a volta de um Estado que valoriza e incentiva as manifestações da sociedade civil. “As políticas públicas voltaram no Brasil, o Minha Casa Minha Vida, o Luz para Todos, o Água para Todos, financiamento estudantil são exemplos. O PPA é o resgate e o fortalecimento da capacidade de um povo planejar. Uma família planeja seu futuro, seu presente. Um município planeja, um Estado planeja. Um país que não planeja o seu futuro não tem condições de dizer aonde quer chegar. O PPA é isso”, disse.
Na ocasião também foi lançada a plataforma digital Brasil Participativo, que permite o cidadão opinar na escolha de programas e propostas para o país. O evento em Salvador é o primeiro de 27 plenárias que serão realizadas nos estados e no Distrito Federal com a participação de entidades de representação, como conselhos, associações, sindicatos e ONGs.