O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a defender, nesta terça-feira (30), o uso de uma moeda comum no comércio entre os países da América do Sul, em substituição ao dólar, unidade de referência nesse tipo de transação.
“Aprofundar nossa identidade sul-americana também na área monetária, mediante mecanismos de compensação mais eficientes e a criação de uma unidade de referência comum para o comércio, reduzindo a dependência de moedas extrarregionais”, defendeu o petista, entre outras propostas.
A proposta de uma moeda única já havia sido citada pelo governo brasileiro em outros encontros com líderes da região, a exemplo do presidente da Argentina, Alberto Fernández, no início do ano.
O presidente Lula sugeriu ainda que os bancos de desenvolvimento da região, como o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), a CAF (Corporación Andina de Fomento), o Fonplata (Fundo Financeiro para Desenvolvimento da Bacia do Prata) e o Banco do Sul, possam fomentar a economia dos países sul-americanos.
As sugestões foram apresentadas pelo petista em uma reunião com 11 representantes de países sul-americanos, sendo 10 chefes de estado, realizada hoje no Palácio do Planalto. Estiveram presentes: Alberto Fernández (Argentina), Luís Arce (Bolívia), Gabriel Boric (Chile), Gustavo Petro (Colômbia), Guillermo Lasso (Equador), Irfaan Ali (Guiana), Mário Abdo Benítez (Paraguai), Chan Santokhi (Suriname), Luís Lacalle Pou (Uruguai) e Nicolás Maduro (Venezuela).
O Peru enviou o presidente do Conselho de Ministros, Alberto Otárola, em substituição à presidente Dina Boluarte, impossibilitada de deixar o país por motivos internos.