A Confederação Nacional das Seguradoras – CNseg promoveu uma coletiva de imprensa em Salvador, nesta terça-feira (24). O encontro que aconteceu no Quality Hotel & Suites São Salvador, no bairro do Stiep, contou com a presença do presidente Dyogo Oliveira, que falou sobre como o mercado baiano teve forte aceleração nos pagamentos de indenizações até o mês de agosto.
De acordo com a CNseg as indenizações, benefícios, sorteios e resgates pagos pelo setor segurador na Bahia totalizaram R$ 3 bilhões (sem Saúde, VGBL e DPVAT) nos oito primeiros meses do ano.
Esses pagamentos aos segurados representaram uma alta de 92,9% em oito meses sobre o mesmo período de 2021 Os desembolsos realizados no acumulado do ano já superam o total de 2021 em R$ 15,9 milhões.
“Os números no ano deixam claro que o avanço das indenizações se deve aos seguros de Danos e Responsabilidades, que apresentam alta de 189,6% no acumulado do ano sobre os oito primeiros meses de 2021. Em números, um salto de R$ 745,6 milhões para R$ 2,2 bilhões”, disse o presidente da CNseg, Dyogo Oliveira
O seguro de Automóvel é o principal responsável pelo salto nos pagamentos de indenizações na Bahia no ano. As coberturas de roubo, furto, responsabilidade civil e colisão de Auto saíram de R$ 567,7 milhões, nos oito primeiros meses de 2021, para 1,9 bilhão, no acumulado do ano até agosto, avançando 243,2% no comparativo dos períodos.
“As indenizações na praça da Bahia estão tão elevadas que representam quase 90% da região Sindical do Sindseg, que inclui, além da própria Bahia, o Sergipe e Tocantins”, declarou Dyogo Oliveira.
Vale lembrar que, em 2021, as indenizações da carteira de Auto, de R$ 1,5 bilhão, tiveram alta de 109,2% sobre o ano de 2020.
Já a arrecadação das seguradoras alcançou alta de 28,3% no acumulado até agosto. No período, o segmento de Danos e Responsabilidades avançou 40,2%. Outro destaque foi a receita de Capitalização, que subiu 23,1% no ano.
Proteção veicular
O presidente da CNseg ainda alertou sobre o crescimento desenfreado da proteção veicular. “O consumidor corre sérios riscos porque é um modelo de negócios que já existiu no passado e que deixou um saldo de prejuízos irreparáveis por não cumprir as regras prudenciais e de solvência necessárias no mercado de seguros. Portanto, o avanço das entidades mútuas representa um retrocesso, não só porque concorrem de forma desleal no mercado formal de seguros, mas também porque, sem fiscalização, podem transformar em pó a poupança de milhares de consumidores incautos e atraídos por promessas que não serão cumpridas”.
Dyogo Oliveira destacou também que as associações de proteção veicular representam perda fiscal de R$ 1,2 bilhão ao ano. Para alertar os consumidores, a CNseg criou o site https://www.seguroautosim.com.br/
Foto: Vinicius Rebouças/ Rádio Sociedade