O Ministério da Saúde anunciou a inclusão de dois novos medicamentos, alfaepoetina e hidroxiureia, no Sistema Único de Saúde (SUS) para tratar a doença falciforme. Essa condição hereditária é prevalente entre pessoas negras, especialmente mulheres.
A alfaepoetina será destinada a pacientes com declínio da função renal e anemia agravada. A hidroxiureia, disponível em 100 mg para crianças a partir de nove meses e ampliada para 500 mg para crianças entre 9 e 24 meses, será utilizada para pacientes sem sintomas e complicações.
Os medicamentos estarão disponíveis em até 180 dias. A doença falciforme, a condição genética mais prevalente no Brasil, afeta principalmente pessoas pardas e pretas. Entre 2014 e 2020, 3,75 a cada 10 mil nascidos vivos no Brasil foram diagnosticados com a doença. A taxa de mortalidade é de 1,12 por 100 mil habitantes, com 78,6% das mortes ocorrendo entre pardos e negros, e 52,2% sendo mulheres. Em 2023, 14.620 pacientes estavam em tratamento pelo SUS.
Sintomas e Diagnóstico
A doença manifesta-se no primeiro ano de vida e pode causar anemia falciforme, crises de dor, infecções, e outras complicações. O teste do pezinho, oferecido pelo SUS, é essencial para o diagnóstico precoce, permitindo o início imediato do tratamento. Diagnósticos tardios podem ser feitos via exame de sangue, eletroforese de hemoglobina, e doação de sangue, com acompanhamento contínuo nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs).
Tratamento
Pacientes podem receber medicamentos prescritos conforme a Relação Nacional de Medicamentos (Rename) nas farmácias do SUS, garantindo o tratamento adequado para a doença falciforme.