Uma mulher foi diagnosticada com um vírus raro e está internada em uma Unidade de Terapia Intensiva, no hospital Couto Maia, em Salvador. O Vírus Ilheus, como é conhecido, é transmitido por meio de mosquitos e mais comum em aves e roedores. No entanto, seres humanos não estão ilesos à contaminação.
A doença recebe esse nome porque foi descoberta no município de Ilhéus, no ano de 1947. E desde então, só há registros dele no Brasil, Equador e Bolívia. A paciente está internada no Hospital Couto Maia, em Salvador. Ainda segundo a secretária de Saúde de Simões Filho, Iridan Brasileiro, a mulher procurou uma unidade de saúde da cidade com sintomas como fadiga e dor de cabeça.
“Ela teve muita sudorese, a pressão baixou muito e ela começou a apresentar um quadro neurológico de confusão mental. Ela não tinha articulação na fala, disse coisas desconexas e a dificuldade respiratória que ela apresentou chamou a atenção da equipe médica”, explicou a secretária.
A mulher teve uma piora no quadro de saúde e foi transferida para capital baiana. Amostras de sangue foram recolhidas e encaminhadas para o Instituo de Ciências da Saúde, da Universidade Federal da Bahia (Ufba), onde passou por diversas análises.
“Fizemos todos os testes para as arboviroses mais conhecidas, como dengue, zika, chikungunya e febre amarela. Todos deram negativo, então fizemos testes imunológicos para tudo isso e também tivemos resultados negativos. Assim, chegamos ao diagnóstico do vírus Ilhéus”, contou o pesquisador Gúbio Soares à TV Bahia.
O especialista também ressaltou que o vírus não ser transmitido de pessoa para pessoa, não havendo necessidade de se preocupar com transmissão no período do carnaval.
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