Em entrevista à Rádio Guaíba, em Porto Alegre, capital do estado do Rio Grande do Sul, o ministro Paulo Guedes, destacou a economia do Brasil como a maior fronteira de investimentos no mundo. Ele chegou a criticar a gestão anterior ao afirmar que “quem tem errado é quem tem feito as previsões catastróficas”, destacando que na sua gestão tem acertado e tem apostado na dinâmica brasileira.
“Eu digo o seguinte, acreditem no Brasil, porque quem tem errado é quem tem feito as previsões catastróficas. Nós temos acertado, você pode observar que nós apostamos nessa dinâmica brasileira, apostamos na resiliência da nossa democracia e na capacidade de produzir respostas e estamos fazendo as reformas. Banco Central independente, saneamento, marco regulatório de setor elétrico, cabotagem, nós abrimos um horizonte de investimento, nós somos hoje a maior fronteira de investimentos no mundo. Se você quiser, nós temos agora, recebemos cento e cinquenta bilhões de bolos de assinaturas, ou seja, pagamentos antecipados, pelo direito de investir em novecentos bilhões nos últimos dez anos. Então, nós recebemos cento e cinquenta bilhões, autorizando investimentos de mais novecentos bilhões para os próximos dez anos. Isso justamente com a reforma dos nossos marcos saneamento. Então, tem investimento em 5G, telecomunicações, mineração, energia, petróleo, gás natural, energia eólica, transportes, ferrovias, aeroportos, concessões de portos, aeroportos e privatizações. Então, já existe um novo eixo de crescimento da economia brasileira”, afirmou Paulo Guedes.
O ministro ainda disse que vai reduzir as alíquotas e que o mais importante é a mudança dos impostos. Ele citou o período pandêmico, onde muitos trabalhadores informais não teriam renda caso não fosse implementado o Auxílio Emergencial.
“Nós vamos reduzir as alíquotas. Agora o mais importante vai ser a mudança dos próprios impostos. Por exemplo, em vez de impostos que incidem a cascata, que acabam destruindo a nossa capacidade e competitividade de exportar. Esses impostos tem que mudar, tem que mudar justamente de imposto sobre faturamento, imposto sobre folha de pagamento. Por exemplo, os impostos sobre folha de pagamento são armas de instituição em massa de empregos. Nós descobrimos trinta e oito milhões de brasileiros invisíveis. A margem do sistema produtivo formal, eles trabalham justamente de manhã, pra levar comida a casa à noite. Foi justamente por isso que desenhamos o auxílio emergencial. Que eram pessoas que vendiam coisas nos sinais, vendiam garrafa de água nos jogos de futebol e de repente essas atividades acabaram e surgiram, emergiram trinta e oito milhões de invisíveis brasileiros, que trabalham, acordam cedo, trabalham o dia inteiro. Então, esses impostos perversos, nós temos que eliminar, trocar, por exemplo, acabar com o IPI, fazer um mercado de trabalho que tenha capacidade, nós chamamos de carteira verde e amarela, onde os encargos sejam zero, porque hoje o salário é baixo pra quem recebe, mas o custo é muito alto pra quem paga. Porque isso é ruim, é fiscal, como a gente chama. São os encargos trabalhistas. Então, nós vamos reduzir esses impostos. Até onde o estado brasileiro fique do tamanho que a população precisa. É exatamente o que nós temos que fazer. É uma transformação do estado brasileiro”, pontou o ministro.
Paulo Guedes aproveitou e falou sobres os prejuízos que o Brasil tinha em relação a fabricação e exportação de alguns produtos que deveriam trazer lucros ao país. Ele afirmou ainda que nenhum outro governo transferiu tanta renda para os mais frágeis e necessitados e tivemos a maior redução de pobreza nos últimos dez anos.
“O estado brasileiro fazia chapa de aço com prejuízo, fazia eletricidade com prejuízo. Até petróleo com prejuízo, que quase quebraram. Eletrobras, a Petrobras, o Correios, estava tudo quebrado. Então, em vez de deixar essa máquina estatal ser novamente aparelhada, ser novamente um objetivo de aparelhamento, de desvio de recursos, nós vamos transformar isso, nós vamos reduzir essa máquina, vamos transformar isso aí na verdade no estado social. Nenhum governo transferiu tanta renda para os mais frágeis, foi a maior redução de pobreza dos últimos quarenta anos”, destacou Guedes.
Foto: Washington Costa – ASCOM/ME