Já fez seus planos para 2025? Adriana Planzo conversou no Conexão Sociedade desta terça (17) com Kito Goés, que é psicólogo, analista do comportamento e pesquisador em neurociência e comportamento, e abordou como lidar com as frustrações no final do ano
Dezembro é tradicionalmente o mês de reflexões, um período em que as pessoas revisitam os momentos vividos ao longo do ano. É uma época em que vêm à tona as conquistas realizadas, os objetivos que ficaram pelo caminho, as perdas de entes queridos e os novos projetos que surgiram.
Junto aos votos de “Feliz Natal” e “Próspero Ano Novo”, também surgem as cobranças internas, fruto de um olhar mais atento para nossas escolhas e desafios ao longo do ano.
Cumprir as promessas que fazemos a nós mesmos reforça a autoestima. ao atingir metas pessoais, construímos confiança em nossas habilidades, promovendo uma sensação de realização e controle. Essa confiança é fundamental para uma mente saudável e resiliente.
Falhar repetidamente em cumprir promessas pode gerar frustração, culpa e sentimentos de inadequação. Isso pode levar à diminuição da autoconfiança e contribuir para sintomas de depressão, criando um ciclo de pensamentos negativos prejudiciais à saúde mental.
“Nós vivemos na era da frustração, ao meu ver, as pessoas não são o que disseram que seriam, não fazem o que disseram que fariam e não tem o que disseram que teriam. Então, é tudo isso que movimenta basicamente o mercado de trabalho dos consultórios de psicologia, não é a era da ansiedade e da depressão, é a era da frustração.” alerta Kito Goés.
Criar objetivos alcançáveis e progressivos é essencial para reforçar uma relação saudável com nossas promessas pessoais. Quando cumprimos metas pequenas e concretas, fortalecemos nossa autoconfiança, promovendo o bem-estar mental ao longo do tempo.
Ao equilibrar as promessas com autocuidado e compaixão, garantimos uma saúde mental mais estável e um relacionamento positivo com nossos próprios objetivos.
“Mais importante do que a meta é o método, então, mais importante do que a meta é o como eu vou fazer isso, essa é a pergunta que vale tudo. A pessoa vai para a terapia ela diz, ‘eu quero melhorar como pessoa’ como?, ‘eu quero diminuir a minha ansiedade’ como?, e depois do ‘como’, é o quanto de energia você está disposto a empregar nisso.” reflete Goés.
Quebrar metas grandes em pequenas tarefas evita sobrecarga e proporciona pequenas vitórias ao longo do caminho. Foco no processo, não apenas no resultado, aprenda a apreciar o caminho para atingir metas, e não apenas os resultados finais, isso vai reduzir a pressão e aumentar a satisfação.
“Então, quando você for construir as metas de 2025 considere quem você é, aquilo que você sabe, considere o que você vai precisar aprender para chegar onde você quer, o que você tem que abrir mão.” recomenda o pesquisador comportamental.
Assista na íntegra no canal da Rádio Sociedade da Bahia: