Um pouco mais de nove toneladas de latinhas de alumínio, plásticos, vidro e papelão foram recolhidas nas vilas juninas de Paripe, Pelourinho e Parque de Exposições desde a última sexta-feira. O que para alguns é lixo para os catadores de materiais recicláveis é renda e cuidado com o meio ambiente. Cerca de R$ 90 mil reais poderão chegar aos bolsos desses trabalhadores autônomos que atuaram nos três circuitos do São João da capital baiana
A renda extra é fruto do Projeto Arraiá Sustentável e Solidário que movimentará até o dia 03 de julho mais R$ 800 mil na economia baiana. Dinheiro que circula na mão dos catadores e catadoras e leva dignidade e sustento para cerca de 560 famílias.
A iniciativa coordenada por 12 cooperativas de catadores e catadoras de materiais recicláveis de Salvador e pela ONG CAMA ocorreu até ontem (24) no Parque de Exposições, Pelourinho e Paripe- ponto de coleta que foi novidade deste ano.
A ação será retomada na próxima sexta-feira nas comemorações ao São Pedro.
O projeto também ocorre durante o 2 de Julho no Parque de Exposições .Até o Dia da Independência do Brasil na Bahia, 560 catadores e catadoras de materiais recicláveis, entre autônomos e cooperativados, serão beneficiados. A expectativa é retirar do meio ambiente cerca de 12 toneladas de materiais recicláveis.
O Projeto
O Arraiá Sustentável e Solidário é uma iniciativa que tem como objetivo auxiliar, acolher e dar dignidade aos profissionais da reciclagem, durante os dias os festejos de São João, na capital baiana. Para auxiliar esses trabalhadores, três Vilas Juninas dos Catadores (as) de Materiais Recicláveis foram montadas no Parque de Exposições, no Pelourinho (Largo da Tieta) e pela primeira vez em Paripe, na Rua da Estação.
Nesses espaços, aos serem cadastrados os catadores recebem uma mochila contendo uma calça, uma blusa, um par de luvas, um par de botas e uma capa de chuva. Nas Vilas, os trabalhadores também podem comercializar todo o material coletado. O quilo da latinha de alumínio está sendo vendido a R$6,00, o da garrafa PET, a R$1,00, e do plástico, a R$0,50. Cada catador que conseguir alcançar a meta de 15 quilos de plástico e PET vai recebe uma bonificação de R$30,00, além do valor do quilo do material recolhido. O mesmo acontece com a latinha de alumínio, a casa 15 quilos o trabalhador recebe também R$30,00.
Além dos catadores e catadoras, um grupo de costureiras, que integram o Costura Solidária Sustentável, também estão sendo beneficiadas pelo projeto. Foram elas as responsáveis por produzir as mochilas feitas com banners de lona vinílica que seriam jogados no lixo.
A as cooperativas Coocreja, Cooperbari, Cooperguary, Caec, Canore, Camapet, Crun, Cooperes, Canarecicla, Cooperbrava, Cooperlix, Coleta Cidadã e a ONG CAMA, que integram o Fórum Estadual Lixo e Cidadania da Bahia. A ação conta com o apoio do Governo do Estado da Bahia (SEMA, SEDUR e SETRE) e do MPT-BA, Secis, Limpurb, Voluntárias Sociais da Bahia e MPBA.