A ponte Salvador-Itaparica terá um sistema inovador que vai permitir a modulação das pistas conforme a necessidade de ajustes ao tráfego intenso em dias como feriados e finais de semana. A informação foi confirmada pelo executivo e CEO do consórcio responsável pela construção da ponte, Cláudio Vilas Boas, em entrevista ao programa Conexão Sociedade, da Rádio Sociedade da Bahia.
“Todo dimensionamento da ponte é feito baseado em estudos de tráfego para momentos de pico, inclusive esse é um dos motivos pelo qual a ponte tem um sistema de divisão entre os dois sentidos flexível, móvel, ou seja, se em algum momento houver uma demanda de um tráfego maior em um dos sentidos, o que acontece normalmente nos feriados, você tem a possibilidade de usar a pista de outro sentido para aumentar o fluxo”, explicou.
A expansão das faixas oferecerá uma capacidade adicional para o tráfego de veículos durante os dias de intenso movimento. A comunidade que depende das travessias por meio do sistema ferry boat e lanchas está entusiasmada com a construção da conexão entre a capital baiana e a Ilha de Itaparica. A primeira fase da construção foi iniciada no dia 31 de janeiro, focada na perfuração do solo para a instalação dos pilares terrestres do projeto.
Atrasos
Questionado sobre o atraso no início da fase de sondagem, na qual é conduzido o estudo do solo para as perfurações, o executivo explicou a razão da demora para o início das obras. Ele destacou que houve a necessidade de realizar uma análise minuciosa do terreno, levando em consideração diversos fatores geológicos e ambientais, a fim de garantir a segurança e a eficácia da construção.
“Houve sim um pequeno atraso. Estamos importando equipamentos especiais da China, equipamentos únicos na América Latina. Há um desafio de engenharia importante na execução da ponte, a Baía de Todos os Santos conta com mais de 60 metros de profundidade e esse serviço de sondagem será realizado agora”, conta.
Com previsão de conclusão para dezembro deste ano, o processo de sondagem antecede o início das atividades nos canteiros de obra, os quais estão programados para serem iniciados em 2025.
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