Em assembleias realizadas nesta semana, os professores das Universidades Estaduais da Bahia (UEBAs) recusaram a proposta de recomposição salarial apresentada pelo Governo Estadual. Em resposta, decidiram apresentar uma nova contraproposta e realizar uma paralisação de 24 horas na próxima segunda-feira (19).
Os docentes das UEBAs, incluindo a UNEB, UEFS, UESB e UESC, reuniram-se em assembleias para avaliar a oferta do Governo Estadual sobre a recomposição salarial. Embora tenha havido avanços nas negociações, a proposta foi considerada insatisfatória. “O governo se comprometeu a ajustar os salários com base na inflação dos próximos quatro anos, o que é positivo. No entanto, em relação à defasagem salarial acumulada de quase 35%, o governo propôs apenas 1% de aumento ao ano, durante o mesmo período, o que gerou indignação”, declarou Clóvis Piáu, Coordenador Geral da ADUNEB.
João José Borges, responsável pela comunicação da ADUNEB, destacou que a Bahia possui uma das melhores situações fiscais do país, o que deveria permitir uma oferta mais justa por parte do governo. “Não podemos aceitar uma proposta de 1%, especialmente considerando que o atual governador também veio de uma universidade estadual”, enfatizou Borges. Ele mencionou ainda que, segundo a Lei de Responsabilidade Fiscal, o limite prudencial para despesas com folha de pagamento é de 46,55% da Receita Corrente Líquida, enquanto na Bahia esse percentual é de cerca de 40%. “Os dados mostram que o governo tem espaço financeiro para atender nossa reivindicação”, afirmou.
Paralisação e Reunião com o Governo
Na segunda-feira (19), os professores planejam realizar diversas atividades de mobilização em cidades onde há campi das UEBAs, como panfletagem, rodas de conversa e manifestações públicas. Em Salvador, ocorrerá um café da manhã seguido de panfletagem em frente ao pórtico da UNEB, no Cabula, a partir das 9h.