Nesta terça-feira (29) é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Fumo, instituído em 1986 com o objetivo reforçar as ações de sensibilização e mobilização da população para os danos sociais, econômicos e ambientais causados pelo tabaco. Com o objetivo de reduzir a prevalência de fumantes e a consequente morbimortalidade relacionada ao consumo de produtos derivados do tabaco, Salvador conta com o Programa Municipal de Controle do Tabagismo (PCMT) em pleno funcionamento em mais de 40 unidades de saúde da rede.
As atividades acontecem de segunda a sexta-feira, de forma individual e em grupos, visando fortalecer os vínculos sociais e de superação no processo de reabilitação. O primeiro passo é se inscrever em uma das unidades, levando um documento de identificação oficial com foto e cartão do SUS.
Após a inscrição, o paciente passa por uma entrevista (anamnese) para avaliação do interesse em se tratar e, também, do nível de dependência da nicotina. Isso porque, em alguns casos, além das terapias em grupo, também é indicado o uso de medicamento.
Vencidas essas duas etapas, o paciente começa a fazer as terapias coletivas semanais. O apoio é dado por um grupo de profissionais qualificados, entre eles médicos, psicólogos, dentistas, nutricionistas e enfermeiros.
Números
O tabagismo é o único fator de risco totalmente evitável e responsável por mortes, doenças e alto custo aos sistemas de saúde, assim como afeta indiretamente a qualidade de vida do cidadão e da sociedade. No Brasil, 443 pessoas morrem por dia em decorrência do tabagismo; cerca de 162 mil mortes anuais poderiam ser evitadas, e mais de R$ 125 bilhões de reais são os custos dos danos produzidos pelo cigarro no sistema de saúde e na economia, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA) em 2022.
Estudo do Ministério da Saúde sobre o tema, o Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2019) aponta que Salvador é uma das cinco cidades brasileiras com menor índice de fumantes entre pessoas com idade igual ou acima dos 18 anos, com 5,4% da população. No Brasil, esse número é de 9,8%. A capital baiana só fica atrás de Teresina (4,4%), Aracaju (4,7%), São Luíz (4,8%) e Manaus (5,2%). Além disso, Salvador apresenta a menor frequência de fumantes passivos em domicílio (2,9%).