A Secretaria de Mobilidade (Semob) divulgou uma nota, nesta sexta-feira (24), repudiando a fala do comandante geral da Polícia Militar, coronel Paulo Coutinho, sobre a atuação da pasta em regiões afetadas por casos de violência e ameaças ao pleno funcionamento do transporte público.
Em entrevista à Rádio Sociedade da Bahia, o Coronel Coutinho afirmou que a suspensão do transporte público prejudica a população e não reflete a realidade. “Infelizmente, eles [Semob] têm feito disso [suspensão da circulação de ônibus em determinados bairros] um procedimento quase que padrão. […] Não interessa que exista uma viatura dando segurança. Eles primeiro suspendem, para depois de dois, três dias, voltar. A comunidade é prejudicada”.
A Semob ressaltou que qualquer suspensão de atendimento por conta de episódio de violência ou atentado ao transporte público ocorre com o objetivo de preservar a vida dos operadores, passageiros e a manutenção do serviço posteriormente na região afetada.
O titular da pasta, Fabrizzio Muller, afirma que o serviço de transporte só retorna para a localidade quando de fato existem garantias de segurança para que isso aconteça. “E não basta a presença da polícia na entrada do bairro. Afinal em dois anos, 14 ônibus foram perdidos por ações criminosas. Não sei se o Coronel Coutinho sabe, mas quando um dos ônibus elétricos operados pelo Governo da Bahia foi queimado, o serviço foi suspenso na Avenida Suburbana pela própria gestão estadual durante uma semana”, afirmou.
A nota da pasta reafirmou ainda “o compromisso com a segurança de todos os usuários e conta com o apoio das autoridades de segurança pública a fim de garantir a ordem nas localidades para que o sistema de transporte coletivo por ônibus funcione de forma plena em toda a cidade”.