O Supremo Tribunal Federal (STF) anulou nesta segunda-feira (29) a condenação a 15 anos e 11 meses por corrupção e lavagem de dinheiro em uma dos processos da Operação Lava Jato do ex-deputado federal Eduardo Cunha.
A decisão foi tomada em sessão virtual da Segunda Turma da Corte. O placar ficou 3 a 2 para anulação da condenação. Na modalidade virtual, os ministros inserem os votos no sistema eletrônico sem deliberação presencial.
A maioria dos ministros aceitou os argumentos apresentados pela defesa de Eduardo Cunha e entendeu que o processo deveria ter sido conduzido pela Justiça Eleitoral, e não pela Justiça Federal em Curitiba.
O caso envolve acusação de que o ex-deputado teria recebido propina proveniente de contratos da Petrobras para a construção de navios-sonda.
Em 2021, em outra decisão sobre competência, a Segunda Turma também enviou para a Justiça Eleitoral uma condenação contra Cunha. Nesse caso, o ex-parlamentar foi condenado a 15 anos e quatro meses de prisão pelo então juiz Sérgio Moro pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
Defesa
Em nota, a defesa do ex-deputado declarou que a decisão do STF confirma a “perseguição contra Cunha”
“A decisão do Supremo fez justiça e confirma aquilo que a defesa sustenta desde o início do processo e que agora está ficando claro para todo o país: Eduardo Cunha, assim como outros inúmeros réus, foi vítima de um processo de perseguição abusivo, parcial e ilegal e julgado por uma instância manifestamente incompetente”, afirmou a defesa.