Os taxistas de Salvador convocaram para esta quinta-feira (3) uma paralisação dos serviços para reivindicar condições de trabalho e acordos com a Prefeitura. A mobilização vai acontecer a partir das 07h30 com membros da categoria na sede da Coordenação de Transportes Especiais (Cotae), no Campo Grande.
Entre as pautas apontadas pela categoria para o protesto estão a dificuldade nos agendamentos para emissão de crachá e alvarás; excesso de burocracias para documentação; multas abusivas; exames sem fundamento exigidos para o exercício da profissão; lentidão no processo de inventário, que já acumula mais de mil pessoas em espera, para conseguir transferir o alvará do veículo após o falecimento de um ente querido.
O presidente da AGT, Denis Paim revela que o diálogo com a Secretaria Mobilidade (Semob), gestora da COTAE, é muito difícil e impossibilita avanços para a categoria. “São pessoas que querem trabalhar, mas acabam desistindo ou convivendo com a insatisfação por tantos entraves. Além de não ouvir as pautas de uma categoria importante para a cidade, ainda há a falta de respeito quando pedimos orientação para poder manter nossas atividades”, lamenta.
Paim lembra ainda que a legislação municipal da capital baiana exige taxas anuais no valor de R$ 330,00 e a cada dois anos os custos com emissão de 21 certidões para serem renovadas. “A gente paga para trabalhar, vende o almoço para comprar a janta. São condições que não suportamos mais e é desleal com o atual cenário de clientes que utilizam o serviço de táxi na cidade. É preciso mais sensibilidade com o pai e mãe de família”.