A conduta do presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados serão investigadas em apuração aberta nesta quarta-feira (14), pelo corregedor-geral eleitoral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Benedito Gonçalves.
Nas ações apresentadas ao TSE pela coligação que elegeu Luiz Inácio Lula da Silvia (PT), são questionadas as condutas envolvendo o lançamento de dúvida sobre o resultado das eleições e ao, supostamente, conceder benefícios de forma ilegal durante a campanha.
A investigação se refere a condutas antes, durante e depois do processo eleitoral para emitir aos eleitores o sentimento de insegurança e descrença no sistema e, por consequência, atentando contra a existência do próprio Estado Democrático de Direito.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) também apura a conduta de Bolsonaro ao atacar urnas – neste caso, especificamente as declarações dadas em encontro com embaixadores no Palácio da Alvorada, ocorrido antes do primeiro turno
Em outra frente, Bolsonaro e Braga Netto serão investigados também por suposta prática de abuso de poder político e econômico. Neste caso, a coligação de Lula cita como possíveis medidas irregulares:
- a antecipação da transferência do benefício do Auxílio-Brasil e do Auxílio-Gás;
- o aumento do número de famílias beneficiadas pelo Auxílio-Brasil;
- a antecipação de pagamento de auxílio a caminhoneiros e taxistas;
- e o programa de negociação de dívidas com a Caixa Econômica Federal, entre outros.
De acordo com o ministro, a coligação de Lula apresentou gráficos, imagens, links de matérias jornalísticas contendo declarações públicas dos investigados e prints de postagens e lives nas redes sociais. Gonçalves deu prazo de cinco dias para que os alvos das ações apresentem defesa ao tribunal.