Mais um clássico eletrizante no Barradão em 2024. Um jogo com janelas de superioridade e domínio sendo revezado entre os dois times.
Primeiros 15 minutos, de jogo lento, o Bahia foi melhor, mas muito cadenciado, pouco objetivo, não chutou muito. O Vitória cresceu depois de uma conversa de Léo Condé com os jogadores, na hora do atendimento a Everton Ribeiro. O Vitória subiu a linha, encaixou a marcação, fez 1×0 com Matheuzinho. Depois, Marcos Felipe salvou duas, nos minutos seguintes. O Bahia demorou mas voltou pro jogo na reta final do 1º tempo, criando espaços para finalizar, mas pecando no chute. O primeiro tempo foi da eficiência do Vitória.
No segundo tempo, Leo Condé trocou o esquema tático, botou Mateus Gonçalves e o time pra cima do Bahia, mesmo vencendo. O Vitória voltou arrasador, criando oportunidades até ampliar com Wagner Leonardo. Neste momento, o jogo parecia definido. O Bahia era um repeteco dos clássicos anteriores, paralisado. O Vitória estava em alta rotação. Aí, Rogério Ceni entrou em campo e dessa vez fez diferente. Botou Biel pra jogar. Botou Everaldo, tirou Everton Ribeiro, jogou o time pra cima e o Bahia inverteu o cenário do clássico.
Entre os 23 minutos e 31 do 2º tempo o Bahia parece ter ligado o turbo. Fez 2 gols, botou uma bola na trave e perdeu uma chance incrível com Thaciano. A partir dos 35, o BaVi ficou aberto, mas os times já tinham um desgaste grande e um desfiguração pelas 5 trocas. Jogo ficou aberto mas terminou em um justo empate. Para o Vitória, sabor amargo, mas resiliência diante dos desfalques. Para o Bahia, um sentimento de reação diante de um adversário que estava causando danos ao trabalho de Rogério Ceni. Saiu sem danos. Belíssimo confronto. Jogo de primeira.
Texto: Cascio Cardoso