No conexão Sociedade desta sexta (23) Silvana Oliveira entrevistou a Coloproctologista Glicia Abreu no Viva Bem e abordou o tratamentos de problemas intestinais. A constipação intestinal é uma condição que afeta muitas pessoas, tanto crianças quanto adultos, e pode trazer sérios impactos na qualidade de vida.
Esse problema, que pode variar de desconforto ocasional a uma condição crônica, exige atenção e tratamento adequados para evitar complicações mais graves. Caracteriza-se pela dificuldade em defecar, de forma insatisfatória e com pouca frequência, porém constipação não tem a ver somente com a frequência. Há pessoas que possuem boa frequência, mas associadas a dor e a necessidade de fazer muita força para defecar, sendo assim também podendo ser caracterizado como a chamada ‘prisão de ventre’.
A prisão de ventre possui várias causas, é multifatorial, “pode ser devido a problemas hormonais, algum problema na anatomia que esteja dificultando, alimentação. então, é verdade, você precisa ter uma boa alimentação rica em fibras e boa hidratação para ter um bom efeito defecatório”, explica a especialista.
Crianças e adultos sentem muito incômodo devido à pressão no ventre. Glicia comenta que “é muito frequente até ter problemas emocionais e comportamentais relacionados a isso” e cita problemas como ansiedade e comportamentos agressivos associados à constipação.
Nas crianças é importante a atenção em comportamentos que podem indicar um processo inicial de constipação. Abreu diz que “aquela criança que fica no canto se espremendo, que a gente chama de postura retentiva. Ela se prende para as fezes não saírem porque está com medo”.
É importante uma boa ingestão de líquidos, cerca de 30ml por kilo, por dia. “A gente tem um imaginário de que a gente precisa beber muita água” e alerta que o equilíbrio é fundamental. A orientação é que esta ingestão seja durante o dia, de forma fracionada.
Quanto às mulheres, os estudos não mostram grandes diferenças na incidência da constipação em relação à dos homens, porém, por ser uma condição multifatorial, o distúrbio pode ser desencadeado por alterações hormonais ou por causa do assoalho pélvico.
Para cada caso é necessário a avaliação profissional que irá observar a condição clínica. A solicitação de exames, como a colonoscopia, será solicitado apenas para casos que demandem uma investigação mais aprofundada.
O uso de laxantes devem ser sempre sob prescrição médica e não é recomendada a automedicação.
Confira o Conexão Sociedade na íntegra no canal do Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=MJmWgUfAGUc