A Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) aponta que moradores de 114 municípios baianos podem estar consumindo carne de origem clandestina, sem controle sanitário, segundo comunicado enviado ao Ministério Público da Bahia (MPBA) em 2024.
O abate clandestino de animais foi identificado em quase um terço das cidades baianas, de acordo com o relatório da Adab. Essa prática preocupa as autoridades, pois carnes sem a devida inspeção sanitária representam risco à saúde pública, devido à possibilidade de transmissão de doenças.
Em resposta, o Ministério Público da Bahia (MPBA) lançou a campanha “Quando o abate é clandestino, a procedência não é só duvidosa: é crime”, com o objetivo de conscientizar a população sobre os riscos do consumo de carne sem procedência adequada.
A promotora Thelma Leal, do Centro de Apoio Operacional de Defesa do Consumidor (Ceacon), destacou que cerca de 40% a 50% dos abates na Bahia são clandestinos. Embora tenha havido pequenos avanços, como a construção de frigoríficos privados e a desativação de matadouros públicos, a situação ainda requer atenção.