Silvana Oliveira entrevistou na manhã desta sexta-feira (18) no Conexão Sociedade, a cantora Milla Franco que falou sobre a ópera-canção que acontece em 23 de novembro, na Concha Acústica
A ópera-canção Amor Azul se debruça sobre a história de amor entre o deus hindu Krishna e a mortal Radha. A ópera traz nada menos que 47 músicas inéditas, compostas por Gilberto Gil e Aldo Brizzi, que celebra a persistência do amor e as diferentes expressões que dele provêm.
Milla Franco explica um pouco sobre o significado dessa obra, “A ópera Amor Azul, ela surge de um poema indiano de 1000 anos, que é o poema que consta a história de Krishna e Radha que é um amor puro, a gente sabe que tem no hinduísmo toda essa crença, essa fé, esse misticismo em volta do deus Krishna. Então, se escreve toda história de Krishna e Radha para uma ópera, a ópera canção que tem a marca de de Gilberto Gil e Aldo Brizzi.”, conta a cantora.
É inspirado nos poemas e textos sagrados cântico dos cânticos, do nuvem mensageira, de Kalidasa, e do Gita Govinda, de Jayadeva, que versam sobre o amor puro entre krishna e radha. na cultura indiana, o casal representa a cumplicidade do amor em sua essência, em que um ser não existe sem o sentimento do outro.
A cantora também fala sobre a participação do cantor e compositor Gilberto Gil que participa da ópera canção. “Ele é um dos personagens chamado Jayadeva, o contador da história de Krishna e Radha, a figura de Gil na ópera é importantíssima. Na ópera ele canta várias canções, bem mais da metade do repertório, ele é aquela figura que está ali fazendo toda trama, interligando, contando a história, ele é o narrador, Jayadeva é o narrador da história de Krishna e Radha.” disse Milla Franco.
Além de mostrar todo o lado espiritual do espetáculo, Milla também chama atenção para a disponibilidade do acesso à arte pela população mais pobre. “Este é o trabalho do Núcleo de Ópera da Bahia, quebrar essas fronteiras, Aldo sempre fala isso, a ópera surge lá atrás para unir as massas, a gente precisa resgatar a ópera, ela não pode ser da elite, somente de um público específico que pode pagar um ingresso numa grande sala de teatro, não, a ópera é para todos, a arte não pode ser restrita.”, dispara Milla Franco.
Assista na íntegra no canal da Rádio Sociedade da Bahia: