A Defesa Civil de Salvador (Codesal) realizou vistoria em trecho de alvenaria de pedra à beira mar, na orla de Ondina, que colapsou nesta quinta-feira (22) devido ao assoreamento provocado pela ação das fortes ondas do mar dos últimos dias, informa o engenheiro Antônio Figueiredo.
Essas ocorrências têm sido comuns na orla de Salvador. “Desabamentos como este já ocorreram em outras localidades, como nas praias da Pituba, Amaralina, Penha, Gamboa e Tubarão”, lembra o diretor-geral da Defesa Civil, Sosthenes Macêdo.
O problema está relacionado, provavelmente, às mudanças climáticas e alterações do nível do mar, como observado pelas engenheiras ambientais da Codesal, Nicoly Lima e Patrícia Cordeiro, que acompanharam os técnicos da Codesal na vistoria.
Segundo Nicoly Lima, “o fenômeno também pode estar associado a erosão marinha, resultante de processo natural que ocorre ao longo das costas devido à ação das ondas, correntes e marés. Em algumas situações, isto é um problema ambiental significativo, provocando a perda do habitat costeiro e inundações”.
Ainda segundo ela, conforme a Classificação e Codificação Brasileira de Desastres (Cobrade), a erosão costeira/marinha é identificada como desastre natural. Com isso, a Codesal segue acompanhando e buscando alternativas junto aos outros órgãos da Prefeitura de Salvador, no intuito de mitigar os impactos constatados.
A vistoria teve como encaminhamento o acionamento da Seman para isolamento da área, evitando que transeuntes acessem a localidade afetada, e da Sucop, que fará as devidas ações de resposta e contingência.
A Codesal segue em regime de plantão e, em caso de emergência, disque 199.