Condenado a quatro anos e meio de prisão por agressão sexual a uma mulher em Barcelona, o jogador Daniel Alves teve sua imagem removida do museu do Bahia, localizado na Fonte Nova, conforme apurado pelo CORREIO. A retirada da foto ocorreu após a divulgação da sentença pela juíza Isabel Delgado Pérez, da 21ª Seção da Audiência de Barcelona, na Espanha, nesta quinta-feira (22). O Bahia, procurado pela reportagem, optou por não comentar o assunto.
A imagem do lateral, que antes ocupava um lugar de destaque na parede ao lado de outros ídolos do clube, como Leone, campeão Brasileiro em 1959, e o lateral Mailson, agora encontra-se ausente no local. Daniel Alves, revelado pelo Bahia, teve uma passagem breve pelo Esquadrão, sendo lançado no time principal em 2001 e conquistando a Copa do Nordeste no ano seguinte, antes de ser vendido ao Sevilla.
Durante sua estadia na Europa, Daniel Alves sempre expressou afeto pelo Bahia, embora nunca tenha feito promessas de retorno ao clube. Em 2020, o jogador entrou em conflito com parte da torcida tricolor ao afirmar seu desejo de jogar apenas por dois meses no clube baiano, quando já estava contratado pelo São Paulo.
Desde o dia 20 de janeiro de 2023, Daniel Alves encontra-se detido no Centro Penitenciário Brians 2, nos arredores de Barcelona, sob a acusação de estupro de uma mulher em uma casa noturna da cidade. Ao longo das investigações, o jogador alterou sua versão mais de cinco vezes, inicialmente negando o crime e, posteriormente, alegando estar alcoolizado no momento.
Após o desfecho do processo, Daniel Alves foi condenado a quatro anos e meio de prisão, com mais cinco anos em liberdade vigiada após cumprir a pena em regime fechado. Além disso, o atleta terá que pagar uma indenização de 150 mil euros (R$ 805 mil) por danos morais e físicos, assumindo também as custas do processo. Destaca-se que o valor teria sido fornecido pela família do atacante Neymar. A defesa de Daniel Alves possui a opção de recorrer da decisão.