Um estudo do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), realizado a pedido do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, aponta que o Brasil está passando por secas mais prolongadas. Entre 1961 e 1990, o número médio de dias consecutivos sem chuva era de 80 a 85. No entanto, nos últimos dez anos, esse número aumentou para aproximadamente 100 dias, especialmente no norte do Nordeste e no centro do país.
A pesquisa também indica que quase todas as regiões brasileiras registraram um aumento significativo nos períodos secos desde 1960, evidenciando os efeitos das mudanças climáticas. O estudo destaca que essa intensificação das secas está afetando a produtividade agrícola e elevando o risco de incêndios florestais, impactando diretamente as comunidades rurais e a gestão de recursos naturais.
Além disso, o levantamento sugere que é crucial acelerar ações climáticas, como a redução de emissões de gases de efeito estufa e a adaptação às mudanças climáticas. A restauração de ecossistemas degradados e o envolvimento das comunidades locais são apontados como medidas essenciais para melhorar a resiliência ambiental.
O estudo baseou-se em dados de 1.252 estações meteorológicas e 11.473 pluviômetros.