A votação do projeto que concede anistia aos envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro foi adiada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. A análise do texto só ocorrerá após as eleições municipais de outubro, conforme acordo entre governistas e opositores.
O adiamento foi considerado uma vitória para o governo, que usou manobras regimentais para postergar a votação. A sessão foi marcada por discussões acaloradas e trocas de acusações, especialmente entre parlamentares governistas e a presidente da CCJ, Caroline de Toni (PL-SC), que defendeu a anistia.
O projeto, relatado por Rodrigo Valadares (União-SE), busca perdoar todos os envolvidos nas manifestações de 8 de janeiro e em atos subsequentes, incluindo financiadores e apoiadores. Especialistas em direito constitucional alertam que a anistia pode beneficiar, indiretamente, figuras como o ex-presidente Jair Bolsonaro.