Um levantamento do Instituto Cidades Sustentáveis (ICS) revela que os homens ganham, em média, 19,41% mais que as mulheres em Salvador. O estudo, baseado na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), do IBGE, destaca que a disparidade salarial ocorre em todas as capitais brasileiras. A menor diferença foi registrada em Rio Branco (3,2%), enquanto Teresina lidera com 34%.
Em Salvador, apesar da desigualdade permanecer significativa, o percentual de diferença é o menor desde 2022, quando a discrepância média no Brasil era de 12,29%. Em 2020, a capital baiana registrou uma disparidade de 34,68%. No estado da Bahia, o cenário é semelhante, com mulheres ganhando 19,7% menos que homens em empresas com 100 ou mais funcionários, segundo o 2° Relatório de Transparência Salarial e Critérios Remuneratórios, divulgado pelos Ministérios do Trabalho e Emprego e das Mulheres.
A diretora de Programa do Ministério do Trabalho e Emprego, Luciana Nakamura, lembra que a igualdade salarial está prevista na CLT desde 1943, mas afirma que “não é cumprida pelas empresas”. Nakamura reforça que o objetivo do MTE não é punir, mas incentivar as empresas a enfrentarem essa disparidade e promoverem ambientes de igualdade salarial.