Adelson Carvalho conversou nesta terça-feira (12), com a advogada e candidata à presidência da OAB/BA, Ana Patrícia Dantas Leão, que está disputando o pleito nas eleições da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/BA)
Ana Patrícia Dantas Leão foi a primeira mulher a ocupar a vice-presidência da Seccional Baiana da Ordem dos Advogados do Brasil, a advogada se tornou referência feminina na advocacia baiana, engajada em causas como o empoderamento da mulher e a ocupação feminina nos espaços de poder.
A candidata cita que estar neste pleito foi um pedido do seu grupo, tendo em vista a sua participação significativa nas eleições da OAB/BA, Ana Patrícia informou que não desejava concorrer a presidência da instituição, citando uma eleição polarizada, injusta, antidemocrática e violenta.
“Mas, alguns motivos me fizeram tomar essa decisão, primeiro, o meu compromisso com a advocacia, a responsabilidade com os votos significativos que eu tive no último pleito, e sobretudo que o não participar, significa concordar e contribuir para a permanência de um projeto que se revela falido e sem compromisso com a advocacia.”, disse Ana Patrícia.
A candidata critica o formato do processo eleitoral, segundo a advogada, este processo eleitoral é parcial em sua maioria, e que está a serviço da diretoria da OAB – BA, sendo um processo violento, injusto e construído para impedir uma oposição.
Piso Ético Salarial
A candidata à presidência da Ordem dos Advogados do Brasil Seção Bahia (OAB-BA) Ana Patrícia Dantas Leão promete “valorização das advogadas e advogados no estado”. Entre suas principais propostas está a criação de um “piso ético salarial”, uma medida que, segundo ela, “é urgente para reverter a precarização da advocacia, especialmente no interior” da Bahia. De acordo com a candidata, a Bahia é o único estado do Brasil que não existe um piso, um valor mínimo para pagamento do advogado, sobretudo, do jovem advogado que inicia a carreira.
“O piso ele pode ser estabelecido por 3 maneiras: por lei, que depende da Assembleia Legislativa e do governador da Bahia, por acordo ou convenção coletiva, ou até dissídio, mas é necessário que exista sindicato de advogados e de sociedade de advocacia, o que não temos na Bahia, ou pelo caminho mais objetivo e direto que depende única e exclusivamente da vontade do presidente da OAB.”, explica Ana Patrícia.
Advogados Eleitores
Ana Patrícia conta que na Bahia há 62 mil advogados ativos no estado, sendo que desse número, apenas 50% deles estão aptos a votar devido a inadimplência, apenas os advogados adimplentes com a anuidade da instituição podem votar nas eleições para a presidência da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/BA).
“Eu acho que é um conjunto de fatores, nós temos inicialmente uma inadimplência muito decorrente de um empobrecimento da advocacia, a advocacia da Bahia ela hoje é considerada a mais pobre do Brasil. E diante da necessidade, o pagamento da anuidade não se torna uma prioridade, para além desse fato do empobrecimento da advocacia no estado da Bahia, existe também uma falta de credibilidade da instituição, a advocacia está deixando de acreditar que a ordem possa ser a sua entidade de proteção, os advogados não acreditam mais.”, disse a candidata.
Assista a sabatina na íntegra no cana da Rádio Sociedade da Bahia: