Um estudo recente publicado na revista Nature revela que o mosquito Aedes aegypti, conhecido por transmitir doenças como dengue, zika e chikungunya, utiliza a visão infravermelha para identificar e localizar seres humanos. A pesquisa demonstra que esses insetos são capazes de detectar pequenas variações no dióxido de carbono (CO2) no ar, que são emitidas pela respiração humana, mesmo a uma distância superior a 10 metros.
De acordo com a pesquisa, ao captar essa variação no CO2, o mosquito aumenta sua atividade locomotora e intensifica a resposta a outros estímulos, como o calor corporal, direcionando-se com maior precisão para o alvo. Para comprovar essa capacidade, os cientistas realizaram um experimento com 80 mosquitos fêmeas em uma jaula. Duas placas foram posicionadas: uma à temperatura ambiente de 29,5°C, típica de climas quentes, e a outra à temperatura média da pele humana, 34°C. O resultado confirmou a atração dos mosquitos pela placa mais quente, indicando que a combinação de estímulos, como calor e CO2, facilita a localização dos seres humanos.
Esses achados fornecem informações valiosas para o desenvolvimento de novas estratégias de controle e prevenção das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, trazendo à tona a importância de compreender melhor o comportamento do mosquito para combater sua disseminação.