De acordo com informações analisadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), órgão vinculado à Secretaria de Planejamento (Seplan), as exportações na Bahia cresceram 3,6% em 2024, atingindo U$ 11,73 bilhões, em relação a 2023. Mesmo com as oscilações nos preços das commodities e no volume de embarques, o ano passado foi o segundo maior da série histórica, só superado pelo ano de 2022, quando as exportações chegaram a US$ 13,92 bilhões.
Os dados analisados partiram da base da Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Segundo a SEI, o resultado das exportações em 2024 foi positivo pela manutenção do patamar elevado mesmo com as dificuldades enfrentadas no ano com as incertezas econômicas e o enfraquecimento dos preços gerais das commodities, que permaneceram fracos ou estáveis, principalmente devido à desaceleração econômica da China.
Para a superintendência, o aumento no valor exportado em relação a 2023 foi resultado da resiliência nos preços médios que melhoraram no geral em 6,4%, em relação ao ano anterior, principalmente de alguns produtos como celulose, derivados de petróleo, minerais, metais preciosos, derivados de cacau e café dentre os mais importantes, o que fez compensar a queda no volume exportado em 2,6%.
Liderando o Nordeste
A Bahia continua liderando as exportações do Nordeste com 47,2% de participação nas vendas externas da região, 1,8 pontos percentuais a mais que em 2023. O desempenho tem impacto positivo na economia baiana, possibilitando a dinamização da atividade econômica do estado em diversos setores, especialmente na agropecuária e na indústria de transformação.
Por segmento, a liderança pauta do estado permaneceu com a soja e seus derivados com vendas de US$ 2,97 bilhões (queda de 4,2%), representando 64,3% das vendas do setor agropecuário e 25,3% das exportações estaduais.