Os fugitivos de Mossoró, Rogério Mendonça e Deibson Nascimento foram transferidos de volta, nesta sexta-feira (5), ao Presídio de Segurança Máxima, no Rio Grande do Norte. Após 50 dias foragidos, os dois foram levados para o Instituto Técnico-Científico de Perícia. Lá, fizeram exame de corpo de delito, nesta madrugada, e foram transferidos para penitenciária federal, de onde haviam fugido no dia 14 de fevereiro.
Devido à fuga, foi anunciada no Diário Oficial desta sexta-feira a destituição do diretor da Penitenciária Federal em Mossoró. Humberto Alencar estava afastado de suas atribuições desde o início das buscas. Além da substituição na liderança, os procedimentos de segurança foram aprimorados e as inspeções agora são realizadas diariamente. Todos os cinco presídios federais de segurança máxima passaram por uma série de alterações, incluindo a construção de muralhas em todas as unidades.
Em coletiva após a captura, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, destacou que a mudança de estratégia nas buscas foi o que permitiu encontrar os bandidos. Lewandowski disse que foi crucial para o sucesso da operação “abandonar a busca física e trabalhar com base em informações de inteligência, utilizando o inquérito aberto pela Polícia Federal em Mossoró”.
Lewandowski também explicou que os criminosos tiveram ajuda na fuga. Primeiro, de moradores cooptados pelo crime organizado. Depois, no transporte para saírem do Rio Grande do Norte.
Recaptura
Rogério e Deibson foram recapturados nesta quinta-feira (4), na cidade de Marabá, interior do Pará, em um comboio com três veículos quando cruzava uma ponte de 1,5 km de extensão sobre o Rio Tocantins. A PF monitorava o grupo e escolheu o local da captura para evitar possibilidade de uma nova fuga. A PRF foi acionada para bloquear a saída da ponte, e a PF, que seguia o trajeto dos bandidos, fechou a entrada.
Também foram presas outras quatro pessoas nesse comboio, e encaminhadas para o sistema penitenciário do Pará, além de apreendidos celulares e armas. Não houve feridos na ação.As investigações continuam para identificar agora todos envolvidos na rede de apoio aos criminosos.