A greve dos rodoviários metropolitanos da empresa Avanço, iniciada nesta quarta-feira (7), segue por tempo indeterminado. De acordo com o SindMetro, uma nova reunião será realizada nesta tarde, às 14h de hoje, no Caji, em Lauro de Freitas. Em entrevista ao Conexão Sociedade, a promotora do Ministério Público da Bahia, Rita Tourinho, afirmou que o MP acompanha a situação do serviço na cidade há um tempo.
A empresa chegou a anunciar o fim das atividades em maio deste ano, mas após 3 meses permanece em funcionamento. Em entrevista para o Conexão Sociedade, apresentado por Silvana Oliveira com a Promotora Rita Tourinho declarou que a Avanço preferiu se manter em operação: “Voltaram atrás e não entregaram as linhas, houve sim essa manifestação da empresa, mas a última reunião com a Agerba era que a Avanço não teria parado”.
As denúncias contra a empresa foram feitas por Mário Kleber, presidente do SindMetro, que reclama de situações de trabalho sem carteira assinada, profissionais que não descansam as 11 horas devidas, assim como, demissões injustificadas. “Nossa questão primeiramente é o diálogo com a empresa, após a finalização da greve, nós vamos buscar o Ministério Público”, disse o presidente do SindMetro.
Par a promotora Rita Tourinho, os problemas parecem estar diretamente encadeados: uma empresa que não serve bem a população, não se desenvolve e acaba não cumprindo também suas obrigações trabalhistas: “ingressamos inclusive com uma ação cível pública mas não com relação a essa questão dos trabalhadores, o que nós entendemos que está acontecendo, a própria questão da precariedade da forma como vem sendo prestado o serviço de transporte metropolitano, pode estar gerando este descompasso que vem ocorrendo no que diz respeito ao cumprimento das obrigações trabalhistas pelas empresas envolvidas nesse tipo de transporte.”
“Há muito tempo que o MP vem indicando que o transporte metropolitano é precário, ele nunca foi licitado, ou seja, ele não tem estabilidade nenhuma, não gera estabilidade para empresa e usuários. Por outro lado, as empresas também nessa situação de precariedade por essa ausência de uma licitação que estabeleça um contrato, elas atuam sem um contrato, sem também uma segurança jurídica”, concluiu.
As linhas afetadas foram:
VIDA NOVA – BOCA DA MATA
JAMBEIRO – ESTAÇÃO MUSSURUNGA
VIDA NOVA – PIATÃ
HOSPITAL METROPOLITANO – ESTAÇÃO AEROPORTO
AREIA BRANCA – ESTAÇÃO ÁGUAS CLARAS.