Adelson Carvalho conversou no Sociedade Urgente desta terça-feira (19) com a infectologista Dra. Lorena Galvão, que alertou para as doenças mais comuns em crianças que acometem os adultos
Os adultos que contraem doenças infantis como rubéola, sarampo, caxumba e coqueluche (tosse comprida) apresentam sintomas muito mais intensos que as crianças. As sequelas também costumam ser graves.
A Dra Lorena explica que os adultos não são acometidos por essas doenças por não terem sido mal curada na infância, mas sim que são doenças agudas que tiveram a infecção na vida adulta e adoece na vida adulta e exemplifica a catapora, que pode trazer mais complicações na fase adulta, caso o indivíduo não tenha tido a doença na infância, ela não teve ação imunológica para lidar com esse vírus na fase adulta.
O herpes zoster, também conhecido como cobreiro, é uma doença viral que se manifesta na pele e é causada pelo vírus varicela-zoster (VVZ). Esse vírus é o mesmo que provoca a catapora, e após transmitir a doença, permanece no organismo de forma inativa até que seja reativado.
“De forma geral, o herpes zoster ele vai ser mais frequente em contexto que a imunidade esteja diminuída, isso pode acontecer por vários motivos, o próprio envelhecimento que chamamos de imunossenescência, então, a medida que o indivíduo vai envelhecendo a imunidade vai diminuindo e ele fica mais predisposto ao herpes zoster.” explica a Dra. Lorena Galvão.
“Mas, outras situações como: infecções pelo HIV, câncer, uso de medicações que diminuem a imunidade e o próprio estresse é um fator risco clássico para reativação do varicela-zoster.” completa.
Uma das dúvidas levantadas durante a entrevista pelos Ouvintes Sociedade, foi sobre a coqueluche, doença que acomete mais as crianças. Causada por uma bactéria, a Bordetella Pertussis, essa doença pode sim acometer adultos, no início, os sintomas são semelhantes aos de um resfriado, como mal-estar, febre baixa, corrimento nasal e tosse seca. Mas a Dra. Lorena Galvão ressalta e alerta que todas essas doenças tem sim vacinas e estão disponíveis para os adultos também.
Além disso, a infectologista alerta para a importância da amamentação nessa fase, as defesas são passadas para o bebê por meios dos anticorpos já presentes no corpo da mãe e transmitidos ao bebê por meio do leite materno.
Assista na íntegra no canal da Rádio Sociedade da Bahia: