Um dos assuntos tratados pelo ex-deputado federal e ex-ministro Geddel Vieira Lima, durante entrevista no Balanço Geral, da Rádio Sociedade da Bahia, nesta segunda-feira (2), foi sua relação com o senador Jaques Wagner. O político destacou a proximidade dos dois e ressaltou a importância do então PMDB na eleição do petista ao governo da Bahia, em 2006.
“Sempre tive com Jaques Wagner uma coisa de história. Nós tínhamos uma relação bacana na Câmara Federal. Eu, Jaques e Luís Eduardo Magalhães, éramos uma geração de homens públicos que tinham uma característica no Parlamento. A gente firmava um acordo e cumpria, acontecesse o que acontecesse, nós cumprimos os acordos parlamentares. Construímos uma relação de amizade que terminou se transformando, dentro do contexto da política, em uma relação familiar”, contou.
Sobre a eleição de 2006, na qual Jaques Wagner conquistou pela primeira vez a posição de governador da Bahia como representante do Partido dos Trabalhadores, Geddel enfatizou a relevância do suporte do PMDB, por meio de suas articulações, para o êxito do candidato nas urnas.
“Ajudei a articular! O PMDB na época foi um grande responsável pela vitória de 2006, quando ninguém acreditava. Demos força política, crença e legitimidade à postulação de Wagner. Ele honrou o compromisso e me ajudou a ser ministro e nós desenvolvemos o processo com tranquilidade”, ressaltou.
Para Geddel, naquele momento o então candidato ao governo da Bahia tinha uma relevância menor, o que com o passar dos anos mudou de figura. “Wagner naquele momento era menor do que o PT. Hoje ele consolidou uma liderança, ele é maior do que o PT, e ele influencia mais o PT. E começaram uns desgastes por conta disso, eram compromissos que eram assumidos e depois eram ‘furados’ pelo partido”, relembrou.