A Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) reiniciou, nesta quinta-feira (1), suas atividades, marcando o retorno dos trabalhos com uma sessão solene. O governador Jerônimo Rodrigues esteve presente e falou sobre a decisão unânime da oposição de se ausentar da leitura anual da mensagem ao legislativo.
“Estou aqui, o presidente está aqui, os deputados estão aqui. Esse é um ato que não é do governador. Venho cumprir uma exigência de relacionamento entre os poderes, que é apresentar um balanço do ano anterior e apresentar ações para o ano seguinte. Então, é um pacto entre o executivo e o legislativo. Se de fato isso está acontecendo ou vai acontecer, é um desrespeito a esta casa. Eu virei em qualquer momento que os deputados da situação ou da oposição precisarem de informações”, ponderou.
De forma unânime, os legisladores estaduais da bancada de oposição na AL-BA decidiram não participar da leitura da mensagem do governador Jerônimo Rodrigues (PT) durante a retomada das atividades da Casa. O líder do grupo, o deputado estadual Alan Sanches (União Brasil), acredita que o chefe do Executivo repetirá promessas não cumpridas em 2023, como o pagamento das emendas impositivas.
“Um ano atrás, o governador de forma republicana afirmou, olhando diretamente para mim, que iria pagar as emendas impositivas, que achava que deveria ser cumprida a lei. Passado um ano, a gente continua apenas na vontade do governador, porque ele já reiterou a vontade do cumprimento da lei, mas simplesmente não cumpre, e isso acaba prejudicando todos os municípios”, afirmou.
O deputado Adolfo Menezes, presidente da AL-BA, declarou que o governador está seguindo o protocolo, e ele está confiante de que a decisão da oposição não terá impacto na relação com o executivo e na aprovação de projetos futuros na Casa. “O governador está aqui cumprindo o protocolo, prestando conta do ano que passou e mostrando o que pretende fazer nesse ano que se inicia. Mas eu estou tranquilo porque isso com certeza absoluta não vai impedir o principal. Qual é o principal? Ter aprovação de todos os projetos, inclusive com os votos, como foi em 2023, 2022 e outros anos, da oposição”, ressaltou.
*Colaborou a repórter Antônia Fernanda